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quarta-feira, 23 de novembro de 2011

Mais de 2 mil empregos poderão ser criados com o transporte de grãos de Mato Grosso pelo porto de Santana

Com a transferência do escoamento da produção de grãos para o Porto de Santana, no Amapá, irá gerar, segundo estudos, mais de dois mil empregos diretos. Para os produtores mato grossenses a redução de custos será da ordem de 30%, se considerar o modal de transporte pela BR- 163 e o porto amapaense. Atualmente o transporte é feito pelos portos de Paranaguá e Santos, nas Regiões Sudeste e Sul do País.
Em uma articulação da deputada Fátima Pelaes (PMDB-AP) os governadores do Amapá, Camilo Capiberibe e do Mato Grosso, Silval Barbosa estiveram reunidos nessa terça-feira para discutir a integração. Participaram do encontro, também, o deputado Valtenir Pereira (PSB-MT) e os deputados estaduais Agnaldo Balieiro, Eider Pena, o juiz federal, João Bosco e o secretário de Indústria, Comércio e Mineração, José Reinaldo Pincanço.
“Vamos construir no Amapá um terminal graneiro. Oferecemos o Porto de Santana como opção que irá baratear em até 30% o custo do transporte, o que pode tornar os nossos produtos ainda mais competitivos”, afimirmou Camilo Capiberibe.
Segundo a deputada Fátima Pelaes, essa transferência irá trazer desenvolvimento na região. “Estudos apontam a criação de 2 mil empregos diretos e mais de 10 mil indiretos”, disse a deputada. O governador Camilo Capiberibe informou ainda que em dois anos a rota já possa estar sendo utilizada. “Com a construção do terminal e da pavimentação da BR- 163 vamos tirar mil quilômetros de estradas e passar ao transporte fluvial, o que reduz ainda mais os custos”, enfatizou Camilo.
Negociação
A alternativa de usar o porto de Santana como saída de grãos do Centro Oeste é um sonho antigo. Foram várias as tentativas, sem sucesso, de integração entre os dois estados. A deputada Fátima Pelaes, em articulação com a Associação dos Produtores de Soja do Mato Grosso (Aprosoja), conseguiu a aproximação dos dois estados e o diálogo em torno de um projeto altamente rentável para o escoamento de grãos.
“Recebi da Agrosoja um projeto muito interessante e já de imediato comecei a articulação para tornar esse plano viável. Fico muito feliz com mais importante passo no desenvolvimento de Santana e região. O aumento na movimentação do Porto com certeza, será um indutor de geração de emprego e renda, porque a toda uma cadeia que será ampliada”, comemora Fátima Pelaes.
Transporte por Santana
A logística do transporte será constituído de três módulos: o primeiro no trecho Norte de Mato Grosso até a cidade de Itaituba (Porto de Mirituba) no estado do Pará. Em seguida, a produção segue pelo Trecho Hisdroviário do Interior em ter o Porto de Morituba até o Porto de Santana, onde será instalado o Terminal Portuário Privado de Uso Misto, o futuro Porto Graneleiro de Ilha de Santana. Na terceira etapa é o escoamento da produção aos principais portos do mundo.
Essa produção atual é estimada em mais de 10 milhões de toneladas e que deverá chegar a 15 milhões até 2020.
Fonte: Corrêa Neto

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