Do G1, com informações do Jornal Nacional
Um relatório da Polícia Federal sobre o desvio de dinheiro público no Amapá acusa o governador afastado do Amapá, Pedro Paulo Dias, de negociar com uma empresa estrangeira com sede na Ásia para receber propina de US$ 30 milhões, mais de R$ 51 milhões.
O G1 tentou, mas não conseguiu, contato por telefone com a advogada do governador, preso desde a última sexta-feira pela Operação Mãos Limpas, da PF, que apura desvio de dinheiro público no Amapá.
Segundo a PF, Dias usaria o dinheiro da empresa estrangeira para financiar a reeleição dele. Em troca, o governador afastado facilitaria a legalização de fazendas que seriam compradas pelo grupo no estado.
A Polícia Federal apreendeu uma tonelada de material durante a investigação e colheu informações durante dois meses de escutas telefônicas.
A PF encontrou indícios de fraudes em quase todos os contratos analisados até agora. O relatório aponta também desvio de dinheiro público no reembolso de despesas médicas de Tribunal de Contas do Amapá. Segundo as investigações, conselheiros do tribunal receberam de R$15 mil a R$ 170 mil para cobrir gastos com tratamentos nunca realizados.